Restaurante Quinta dos Lagos
Foi há já muitos e muitos anos, todo aquele terreno o escavaram e para ali condutaram as águas da quinta. Resultou um belo lago, profundo, atestadinho de trutas arco-íris. Horas, dias, toneladas de peixe graúdo pescado com um caniço de 1,80 metros, nylon fininho e a paciência bastante para cansar o bicho sem que o fio rebentasse até lhe deitar a mão. A lembrar o meu querido primo João, sublime expert nas artes da pesca.
Em Remelhe, Barcelos. O restaurante surgiu depois e, além das trutas, oferecia ao freguês todo o cardápio típico minhoto.
Estivémos lá recentemente, um consistente grupo de amigos. Mesa e prato reservado, uma ampla sala com vista para as águas lacustres, agora povoadas de achigãs e patos-reais. A escolha recaiu num arroz de frango de cabidela, uma especialidade não incluída nas minhas preferências. Porém hei de reconhecer - estava excelente! E um parceiro comentava - A ciência está nas doses de vinagre que se lhe ajuntam.
Deve ser isso. A cabidela marchou que nem estufado de perdiz... Escoltou-a um vinho forte, o Monte Velho tinto de 2021. Sem veleidades para com a acidez do prato.
Houve lugar a felicitações ao pessoal da cozinha. E à voltinha da praxe. Ali em Remelhe, no Minho mais minhoto, a quem lá passar fica a recomendação do lugar de Moldes e da harmonia do seu conjunto arquitectónico formado pelas antigas casas da Família Trigueiros. Onde se localiza também o restaurante Quinta dos Lagos.