Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Jam Sem Terra

(MAS COM AS RAÍZES DE SEMPRE)

Jam Sem Terra

(MAS COM AS RAÍZES DE SEMPRE)

Eternidades de Egas Moniz

João-Afonso Machado, 27.08.24

TÚMULO EGAS MONIZ.JPG

Eu justamente horas a fio a conhecer o Antero, lendo extractos de correspondência sua, os seus desabafos, a sua incapacidade de «caminhar direito pela realidade» sem o amparo de «todo um sistema de ideias transcendentes» - eu nessa meditada leitura, e uma tarde de sábado a levar-me aos milenários lugares de Paço de Sousa. Aos baixos relevos, tão faladores, daquele túmulo cavalgado pela eternidade dos guerreiros que muito comoveriam o Antero, tal a sua determinação e o rumo convicto das mesmas curtas existências couraçadas.

Egas Moniz. Garantem uns, o pai genuíno de Afonso Henriques; para a História, um exemplo de resignada fidelidade, descalço e de baraço ao pescoço ele, o aio do Rei, e os seus familiares.

Naquele recanto do mosteiro, Egas Moniz sem dúvida transcende-se. A História também é feita da nossa crença e da nossa fé. É um filme que se desbobina do sepulcro do herói medieval, lição em movimento de granito trabalhado, a curiosidade de hoje e amanhã, um encadear de sensações vivas que o Antero buscava, buscava, como se se tratasse de aspirinas para a sua «doença do infinito».

 

27 comentários

Comentar post

Pág. 1/2