No novo mundo
Passou, repassou, mas jamais trespassou. Tinha-se estabelecido por toda a vida feita de um eterno ir-e-vir.
Sem balcões nem divisórias. Sem quaisquer marcos, até. Havia arvoredo e um traçado estreito, o horizonte minimizava as contramãos. As horas somavam copas e ramagens, o esvoaçar das aves dos fins de tarde e as silhuetas acastanhadas ou esverdeadas dos monstros aquáticos que talvez povoassem aqueles terrenos alagadiços.
Assim encarava friamente a realidade para lá e para cá, sempre diferente de tão pendular. Vislumbrou montadas em trote largo e amazonas de cabeleira lindíssima e feições já distantes da sua geração; mais os cavalos todos que cabem dentro de um motor. Era quando se lembrava de não ser um sobrevivente. E o ruído parecia mesmo ganhar algum sentido.
Prosseguia até à noitinha. Então acontecia suar pesadelos de um mundo irreal, ultrapovoado de gente, sem jacarés nem jiboias, sem um sardão ao menos.