Vinha aí a Minês
O Jardel envelhecia já, coitadito, toda a vida casto porque nas redondezas não havia lady digna da sua prosápia. Era necessário descobri-la!
Foi então que me apresentaram um criador de Paços de Ferreira, dono de uma cadela que estava para parir. E a estirpe era das boas, valia a pena pagar o preço que ele pedia por uma cachorrinha.
De modo que ficámos acertados. Algumas semanas após, um telefonema e a notícia: a ninhada nascera e era numerosa. Poderíamos em breve marcar um encontro para a escolha.
Assim aconteceu. No Clube de Caçadores de Matosinhos, na Primavera de 2008. A criançada vinha toda num cesto dentro da mala do carro, com a mãe, e já gatinhavam no chão, a fugir cada um para o seu lado.
Urgia seleccionar a eleita. Não muito chorona, mais escura de pêlo - preferi o "camurça" - com indícios bastantes de simpatia, fidelidade e argúcia. E apreciando esta, apreciando aquela, encantei-me com aqueloutra, ali mesmo baptizada Minês.
Agora seria apenas aguardar o desmame e trazê-la em definitivo para o meu colo e a minha caça...